segunda-feira, 7 de maio de 2012

Eu te amo


Eu te amo

A quantas vidas te procuro
São tantos véus que se faz obscuro
O amarei, o amar, o amei
O que faz saciar minha fome

E o meu sangue impuro se faz
Por tantas vezes, que eu já não sei
Nesta busca insana, e m'alma inflama
Eu penso que sei, que te achei

Meu Deus, como posso amar o que não sei
Como posso olhar os teus olhos
E te ver no passado ou no amanhã
Em teus braços amados, sentir que te achei

A quantas vidas grito, saudades
Pegadas sobre pegadas, e refazer os meus passos
E procurar teu regaço
Que tantas vezes minha cabeça reencostei
E dizer-te, eu te amo e dizer-te, que sempre te amei

 Alexandre Montalvan

2 comentários:

Ronperlim disse...

A construção "O amarei, o amor, o amei" é interessante e merece uma nota: o artigo "o", que aparece nas três formas, tem significados diferentes. A primeira "amarei" vai de encontro com a terceira, "amei" e a segunda, amor, como se fizesse entre elas um ele estável de alguém que viveu um amor no passado, mas que quer continuar vivendo esse amor.

Que verso!

Anônimo disse...

http://mispoemasdelainfancia.blogspot.com.ar